Comparativo CB 300R x Fazer 250 x Ninja 250 na pista
Comparativo CB 300R x Fazer 250 x Ninja 250 na pista Published on agosto 14, 2009 in Destaque, Honda, Kawasaki, Notícia and Yamaha. 187 Comments Tags: CB 300R, Comparativo, FAZER 250, Honda, Kawasaki, Motos 2010, NINJA 250, Yamaha.
Status, novidade ou utilidade? Entre Kawasaki Ninja 250, Honda CB 300R e Yamaha Fazer 250 há muito mais em comum do que você possa imaginar.
Observe estes três modelos e veja que interessante: têm cilindrada equivalente, servem para levar e trazer pessoas ou simplesmente para curtir o melhor que a vida pode oferecer. Embora sejam simplesmente motocicletas, cada uma oferece um sabor diferente na pilotagem, no uso e, claro, no bolso. A mais apimentada deste trio é a Kawasaki Ninja 250, que entrou no teste com as duas mais vendidas para provar na pista se realmente é a mais esportiva. A recém-lançada Honda CB 300R tenta oferecer um pouco deste paladar, revelando um design dos mais esportivos entre os produtos nacionais de baixa cilindrada (a Ninja é importada), enquanto a Yamaha Fazer 250 e sua receita arroz-com-feijão pode ser a opção daqueles que precisam, simplesmente, de eficiência. Para saboreá-las, colocamos as panelas no fogo, abrimos o gás e descobrimos que as diferenças são menores do que os desenhos sugerem. Se você não acredita veja abaixo.
Nosso comparativo foi fundo. Passamos um dia inteiro no autódromo do ECPA, em Piracicaba (SP); andamos também por ruas e estradas, com e sem garupa, freamos, deitamos, raspamos joelho, pedaleira e até escapamento no chão. Só não fizemos crash-test. Nas voltas rápidas com as três motos, confesso que quase fui ao chão com a Kawasaki. E a partir dai começaram as primeiras conclusões. E conclusões inéditas, até para os especialistas que participaram deste teste (me ajudaram os pilotos Francis Vieira e Leandro Mello). A Kawasaki Ninja 250 não é tão esportiva quanto suas linhas sugerem. Em segundo lugar, a Honda CB 300R não é tão mais rápida que a antiga Twister 250 e, por último, a Fazer 250 se mostrou mais fácil de pilotar que qualquer outra rival. Justiça seja feita, até mesmo porque olhando estes modelos a Fazer já acena desvantagem. A Yamaha se limitou às mudanças exigidas pelo programa de redução de emissões, usando catalizador e sonda lambda no escapamento, além da reprogramação do sistema de injeção. Para resumir, em uso a nova Fazer está quase igual às produzidas até 2008.
Já o problema na Ninja é custar R$ 18.880, quase o equivalente a duas Fazer 250 (R$ 10.950). E cá entre nós, ela não é duas vezes mais esportiva que o modelo da Yamaha, a menos que o critério seja visual. A Honda tem valor sugerido de R$ 11.490 em média é vendida por R$ 12.500. Para comprovar essa questão de esportividade avaliamos as três concorrentes, monitoradas com cronômetro e GPS, em voltas rápidas. Nesta volta rápida, simulamos o que você poderia fazer, por exemplo, numa estrada sinuosa de serra, naqueles dias em que está atrasado para uma entrevista de emprego.
Veja que surpresa. Com 12 cv a mais que a Fazer e quase 7 cv a mais que a Honda (com motor 300cc), a carenada e esportiva Ninjinha não foi tão mais rápida como imaginamos. Leandro Mello fez a volta mais rápida com a verdíssima Kawa em 39,5 segundos, contra 39,7 segundos da CB 300R e, logo atrás, 40,3 segundos da Fazer 250. Entre a primeira colocada, a Kawasaki 250, e a última, a Fazer 250, se passaram apenas 8 décimos de segundo, tempo inferior ao que você levou para ler esta frase. Certo que o autódromo do ECPA é bem travado, com curvas de baixa velocidade seguidas de pequenas retas, mas o fato da CB é da própria Fazer estarem tão perto da Kawasaki sugere o seguinte: no anda-e-pára dos grandes centros, entre retomadas e freadas, aplausos à ciclística acertada das nacionais CB e Fazer.
O segredo da Ninja
Esqueça aquela história de que motor em V é bom para se obter torque, em linha é melhor para potência e assim por diante. Na verdade, a potência gerada por um motor corresponde à quantidade de energia produzida em um intervalo de tempo. É por isso que os engenheiros buscam cada vez mais rotações em seus propulsores. Na MotoGP, algumas unidades já chegam a 19.000 rotações por minuto. Girando mais, consegue-se produzir mais energia. A 19.000 giros, um motor de 4 tempos produz 158 ciclos de energia por segundo. Este mesmo propulsor funcionando a 1.000 giros, por exemplo, gera somente 8,3 ciclos energéticos por segundo. Percebeu a pequena (grande) diferença?
Em teoria, um motor “girador” é mais potente que outro similar que gira menos. Dizem os especialistas que o motor não gera potência, e sim torque. É quase verdade, porque o número de potência é uma resultante entre a rotação versus o torque, mas isso é assunto para outra reportagem.
O fato é que a Kawasaki se aproveitou dessa lei para gerar mais potência. Ela simplesmente aumentou a potência gerando mais rotações. Parece simples, mas não. Para tanto, tem dois cilindros, cada um com quatro válvulas (duas de admissão e duas de escapamento) e conta com uma capacidade de aspiração de ar bem maior. Tudo isso é fruto de um trabalho focado, não adianta “estourar” as rotações segurando o acelerador que a potência não aparecerá do nada.
E tem ainda outro problema: quanto mais rotações, menor a faixa de torque. O motor foi projetado para isso (não dá para ganhar todas…) e os números não mentem. Medidos em GPS, obtivemos os seguintes resultados nas retomadas entre 40km/h e 80 km/h: 12,8 segundos para Kawasaki, 10,2 segundos para Fazer e 9,2 segundos para CB 300R. O motor da Ninja não é mais potente? Sim, e bem mais potente. Mas a diferença de potência só se dá em altos giros, como em qualquer outra esportiva. Fazer, e principalmente a CB, têm mais agilidade em baixa rotação.
É certo que não existe nada no Brasil que consiga trazer o patamar das superesportivas para, digamos, algo palpável. Palpável, na verdade, para quem está disposto a investir quase R$ 19 mil na compra de uma motocicleta de 250 cc. A Kawasaki, fora todos seus adjetivos estéticos e dinâmicos, é a única das três capaz de suportar velocidade até 160 km/h reais (CB e Fazer estacionam a 132 km/h). E nada de garupa, que não conta sequer com apoios para as mãos. Neste aspecto, aliás, aplausos para a Fazer, cujo formato do banco é mais confortável para o garupa. A Kawasaki Ninja 250, com seu motor de 33 cv, é sinônimo de potência e status, enquanto a Honda CB 300R é puro design. A Fazer, por sua vez, prioriza a utilidade. Faz quase tudo o que as outras permitem mas custa menos.
Números do teste no ECPA
NINJA 250 | CB 300R | FAZER 250 | |
Peso: | 152 kg | 143 kg | 137 kg |
Potência: | 33 cc | 26,5 cv | 20,7 cv |
0 a 100 km/h: | 10,1 s | 10,8 s | 12,5 s |
Máx. na reta: | 120 km/h | 114 km/h | 110 km/h |
Retomada 40-60 km/h: | 6,2 s | 4,7 s | 5,0 s |
Retomada 60-80 km/h: | 6,6 s | 4,5 s | 5,25 s |
Retomada 40-80 km/h: | 12,8 | 9,2 s | 10,2 s |
Curva 1: | 78 km/h | 81 km/h | 81 km/h |
Curva 2: | 97 km/h | 100 km/h | 97 km/h |
Curva 3: | 105 km/h | 101 km/h | 99 km/h |
Curva 4: | 69 km/h | 66 km/h | 61 km/h |
Frenagem 40 km/h: | 5,9 metros | 6,1 metros | 6,8 metros |
Frenagem 60 km/h: | 10,5 metros | 11,4 metros | 11,5 metros |
Frenagem 80 km/h: | 18,5 metros | 2o,1 metros | 19,8 metros |
FICHA TÉCNICA KAWASAKI NINJA 250R
MOTOR
249cc, dois cilindros paralelos, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida Diâmetro x curso: 62 mm x 41,2 mm Taxa de compressão: 11,6: 1 Potência: 33 cv a 11.000 rpm Torque: 2,24 kgf.m a 8.200 rpm Alimentação: carburadores Câmbio: seis marchas
CICLÍSTICA
Quadro: aço Suspensões: garfo telescópico na dianteira e monoamortecida a gás com cinco regulagens de pré-carga na traseira Pneus: 110/70-17 na dianteira e 130/70-17 na traseira
FREIOS
Dianteira: disco de 290 mm e pinça de dois pistões
Traseira: disco de 220 mm e pinça de dois pistões
DIMENSÕES / PESO
Comprimento: 2.085 mm Largura: 715 mm Altura do banco: 790 mm Altura total: 1.115 mm Altura livre do solo: 135 mm Entre-eixos: 1.400 mm Peso: 152 kg (a seco) Tanque de combustível: 17 litros
ONDE ENCOTRAR
www.kawasakibrasil.com.br
Preço médio: R$ 15.550 (preço nacionalizado)
FICHA TÉCNICA HONDA CB 300R
MOTOR
291,6cc, um cilindro, quatro válvulas, duplo comando no cabeçote (DOHC) e refrigeração a ar Diâmetro x curso: 79 mm x 59,5 mm Taxa de compressão: 9,0: 1 Potência: 26,53 cv a 7.500 rpm Torque: 2,81 kgf.m a 6.000 rpm Alimentação: injeção eletrônica Câmbio: cinco marchas
CICLÍSTICA
Quadro: berço semiduplo Suspensões: garfo telescópico com 130 mm de curso na dianteira e monoamortecida com 105 mm de curso na traseira Pneus: 110/70-17 na dianteira e 140/70-17 na traseira
FREIOS
Dianteira: disco de 276 mm e pinça de dois pistões
Traseira: tambor de 130 mm
DIMENSÕES / PESO
Comprimento: 2.085 mm Largura: 745 mm Altura do banco: 781 mm Altura total: 1.040 mm Altura livre do solo: n.d Entre-eixos: 1.402 mm Peso: 143 kg (a seco) Tanque de combustível: 18 litros
ONDE ENCOTRAR
www.honda.com.br
Preço médio: R$ 12.500
FICHA TÉCNICA YAMAHA FAZER 250
MOTOR
249cc, um cilindro, duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e refrigeração a ar e óleo Diâmetro x curso: 74 mm x 58 mm Taxa de compressão: 9,8: 1 Potência: 20,7 cv a 7.500 rpm Torque: 2,1 kgf.m a 6.500 rpm Alimentação: injeção eletrônica denso Câmbio: cinco marchas
CICLÍSTICA
Quadro: berço duplo Suspensões: garfo telescópico com 120 mm de curso na dianteira e monoamortecida com cinco regulagens na traseira e 120 mm de curso Pneus: 110/80-17 na dianteira e 130/70-17 na traseira
FREIOS
Dianteira: disco de 282 mm e pinça de dois pistões
Traseira: tambor de 130 mm
DIMENSÕES / PESO
Comprimento: 2.025 mm Largura: 745 mm Altura do banco: 805 mm Altura total: 1.060 mm Altura livre do solo: n.d Entre-eixos: 1.360 mm Peso: 137 kg (a seco) Tanque de combustível: 19,2 litros
ONDE ENCOTRAR
www.yamaha-motor.com.br
Preço médio: R$ 10.950
Fonte:
Revista Duas Rodas
Eu tenho uma Ninja 250 e posso dizer q ela me faz muito feliz, qantes de compra-la eu pesquisei bem sobre motos dessa faixa, fiquei tentado em pegar a Cb 300 e até mesmo a Next, mas logo percebi q a Ninja era a moto ideal, no quesito moto de passeio, ela dispara, se voc for usar no dia a dia, claro por ela ser uma moto grande, ela fica em desvantagem na cidade, ela não é ágil em rotações baixas, agora num rolezinho de fim de semana ou viagens longas, ela dispara contra as concorrentes, nessa categoria de até… Ler mais »
tenho 250 2015 minha primeira moto sou cabação. mas ja estou um mes com ela andado de osasco pra itaquera, marginal e ayrton senna horario pico venho lindo, moto economica anda bem 140 o que dei nela kk afinal ta amaciando, vale muito muito a pena com 34 reais ando 267 km isso seria 8 litro de gasosa media de 33 mas vou fazer de novo pra ve
Eu na minha opiniao, acho a fazer a melhor compra olhando o lado custo beneficio. A fazer 250 é mais economica e mecanica mais barata. Porem nao dá pra tirar onda e perde mt valor na revenda. A cb 300 é linda, bate corrente e bebe mt, fora q faltou um freio a disco traseiro! E a ninja realmente é a unica esportiva de 250 ( ela e a kasisnki) porem quem anda no dia a dia sabe q nem sempre da pra acelerar….na real procure a q mais te agrada. Pois quem vai andar é vc mesmo. Eu vou… Ler mais »