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Maior encontro de trilheiros do mundo: Eu sobrevivi!

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Estivemos presente em três dias do Bananalama 2019 para viver uma experiência única em meio a mais de 5.000 trilheiros, muita lama e diversas atrações que agitaram Corupá. Ao final de tudo, posso dizer: eu sobrevivi!

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Estivemos presente em três dias do Bananalama 2019, maior encontro de trilheiros do mundo, para viver uma experiência única em meio a muitos trilheiros, lama e diversas atrações que agitaram Corupá, pequena cidade do interior de Santa Catarina.

Ao todo foram mais de 5.000 participantes que tiveram a coragem de encarar os 60 quilômetros de trilha, batendo seu próprio recorde já registrado no Guinness Book. Porém, o evento é muito mais do que apenas a trilha, que acontece no último dia.

Podemos afirmar que a conclusão do percurso, que começa a partir das 9h da manhã de domingo e termina próximo das 14h, é apenas a cereja do bolo de um final de semana inteiro vivenciando o mundo Off-Road do jeitinho que ele é.

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Bananalama 2019, uma experiência única nos eventos Off-Road

(na foto, estou ao centro na frente, de verde, e o único usando capacete)

A convite da organização do Bananalama 2019, organizado pela Arsenal Eventos de Eduardo Appel, e seus patrocinadores ProTork, Honda e demais, nossa experiência teve início na sexta-feira, quando Edu explicou o novo conceito que sua empresa estava preparando.

Compressor de ar portátil para moto

Com vasta experiência na organização de eventos, estando a frente de etapas de competições e eventos de renome internacional como a maior feira do segmento duas rodas da América do Norte, a AIMExpo USA, ficou claro que o evento seria um sucesso.

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“Temos o #desafio de fazer a cada ano um encontro melhor que o anterior. Renovamos e trouxemos novos patrocinadores, criamos uma programação com a ajuda de quem participa, além de trazer ideias e conceitos que acreditamos”, explica o organizador Edu Appel.

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Após a apresentação do que nos esperava nos próximos dias, seguimos do hotel em Jaraguá do Sul para o Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Corupá, onde em 140 mil metros quadrados já estava acontecendo o maior evento de trilheiros do mundo.

Logo ao chegar próximo do Bananalama podemos encontrar uma festa à parte do evento: a área de camping para trilheiros, amigos e família. Por lá vimos desde participantes com apenas sua barraca e moto ao lado, até trailers sofisticados e caminhões cheios de motocicletas.

Foi aí onde começamos a sentir que o universo do pessoal não envolve apenas o percurso de 60 quilômetros da trilha. Era muito mais do que isso. Era toda a confraternização e diversão que rolava nos quatro dias de evento.

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Atrações do Bananalama 2019

Já dentro do evento, um dos lugares que mais agitava a galera era a Arena Radical Erbs Baterias, que recebeu o inédito show de manobras radicais da Pro Tork, sincronizado com as equipes Alto Giro, Cachorrão, Luquinha Wheeling, Phyra Show, Joaninha, Brenda Stunt e Star Boys.

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Junto com a Equipe Força & Ação e o piloto de motocross freestyle Fred Kyrillos, patrocinados pela Honda, eles foram os responsáveis por aquecer as noites geladas que faziam em Corupá, preparando o público para as atrações musicais noturnas que seguiriam no palco principal.

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Teve música de todos os estilos, onde as noites sertanejas foram comandadas pelas duplas Cesar Menotti & Fabiano; Teo & Edu; Nando & Leo; Elton e Fernando, entre outras. Já o dia do rock and roll ficou por conta dos grupos Dazaranha; AC/DC Cover, com a banda Alta Voltagem, e Guns N’Roses Cover.

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Experiências nas alturas do Bananalama 2019

Para o pessoal que gosta de uma vista bem de cima, três experiências fizeram bastante sucesso: os voos panorâmicos no helicóptero da Pro Tork, o passeio no balão da Can-Am e a subida no Bar nas Alturas.

O voo de helicóptero foi uma experiência a parte. Decolamos, já no domingo, da frente do Seminário onde seria a largada para a trilha e pudemos ver de cima a dimensão do evento, além da enorme “muvuca” de quadriciclos e motos se afunilando e formando fila para a saída.

Outra atração que merece destaque foi a degustação do belíssimo chopp em um bar suspenso. Esse é o Bar Nas Alturas, atração que permitiu aos mais corajosos uma vista incrível do evento a 40 metros de altura do chão acompanhado de muita música e bebida.

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Para os trilheiros interessados em aprimorar a pilotagem, houve um bate-papo com os pilotos da equipe Honda Racing de Enduro FIM. Bruno Crivilin, Gabriel Soares, Bárbara Neves e o chefe do time, o multicampeão Felipe Zanol, tiraram dúvidas, deram algumas dicas e também realizaram uma sessão de fotos e autógrafos com os fãs.

O Bananalama Expo, área de exposição e vendas de produtos, serviços e alimentação, contou com mais de 30 estandes espalhados por toda área do evento.

A maioria das empresas estava com produtos voltados ao Off-Road, como a própria PorTork, Borilli Pneus, Motul e Honda com as CRF’s, porém, foi possível encontrar até mesmo um curioso estande de colchões e, claro, outro estande vendendo produtos derivados de banana.

A área de exposições movimentou cerca de R$ 1 milhão em negócios durante os quatro dias. Um bom volume que girou entre as 60 mil pessoas que passaram por todos os dias do evento, segundo a Polícia Militar.

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Bananalama 2019: do início ao fim da trilha

Divididos por categorias, foram registrados 4.609 motos, 332 quadriciclos e 90 UTVs (espécie de “buggy” de alta performance). Os quadriciclos e UTVs largaram primeiro, para um percurso diferenciado, enquanto as mais de 4.600 motos, incluindo a nossa, largaram cerca de uma hora depois.

Segundo informações de Luciana Ávila, repórter oficial do Bananalama 2019 que estava posicionada na largada, foram mais de 18 minutos ininterruptos de motos passando em frente ao Seminário Sagrado Coração de Jesus a caminho da trilha.

A bordo da estrela do evento, a nova CRF 250F 2019, fornecida pela Honda, nos posicionamos no pelotão da frente. Era ensurdecedor e instigante ouvir o ronco de todas as motos, onde mais de 3.700 eram modelos Honda, indicados pelos proprietários durante sua inscrição.

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Alguns experientes pilotos já imaginavam o que os esperavam nos próximos 60 quilômetros de trilha, algo que não era o nosso caso. Antes mesmo da largada a surpresa era enorme ao imaginar como todos nós, 4.609 motos, iríamos andar em meio aos bananais e lama.

Fato curioso: o percurso é feito em meio a estradas públicas, de chão batido e trilhas bem sinuosas com diversas subidas e descidas em meio ao bananal e montanhas da região. Ao todo, a organização teve que negociar a liberação com 130 proprietários dos terrenos por onde o caminho passa.

Após a clássica oração feita pelo Clube de Trilheiros Bananalama de Corupá, responsáveis pela criação do encontro em 2004, foi dada a largada. Saímos dos fundos do evento, passamos pela linha de largada em frente ao Seminário e seguimos pelas ruas cidade por cerca de 4 km.

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Foi um mar de motos andando ombro a ombro, alinhadas a caminho da trilha. A cidade inteira, com cerca de 16 mil habitantes, estava parada em seus terrenos, casas e calçadas apoiando, aplaudindo e festejando muito a saída dos trilheiros.

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Até aí tudo era uma festa, mas após alguns quilômetros, a curva à direita que saía da estrada e entrava na trilha já nos mostrou o que nos esperava. O mar de motos se afunilava cada vez mais que a trilha começava a estreitar.

Os primeiros momentos foram tensos para um “rôia” como eu, gíria de trilheiros para novatos e quem costuma trancar a trilha por conta de quedas e inexperiência (rs).

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Após alguns minutos entre o “anda e para” espremidos em diversas motos, chegamos na primeira situação que fez a trilha desafogar um pouco: uma descida repleta de terra e pedras escorregadias ladeada pelo bananal. Foi o suficiente para dar uma separada entre os pilotos.

E também foi uma amostra do que viria a ser os próximos 50 quilômetros de trilha: muitas subidas, descidas, travessias de pequenos ribeirões e, claro, muita lama para atolar, cair e desatolar à vontade.

A CRF 250F foi uma companheira e tanto nesse desafio. Seu motor com respostas rápidas por conta da injeção eletrônica facilitou e muito as dificuldades impostas pela trilha já levemente castigada pelas motos que passaram pelo percurso antes.

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No meu caso, as maiores dificuldades estavam nas enormes descidas. Principalmente nas que possuíam uma curva muito angulada ao seu final. Por conta da desaceleração, e dos vãos com cerca 30 a 40 cm de lama feito pelas outras motos, acabava indo ao chão.

Tirando alguns momentos de tensão como esses, cerca de 80% da trilha foi pura diversão. A parte que mais chama atenção é que durante todo o percurso existem pessoas acompanhando e apoiando os pilotos.

Era comum ver famílias inteiras perfiladas com gritos de apoio e celular na mão nas principais curvas, nos pontos onde as motos mais jogavam lama para o alto, nas travessias e na beira das estradas. Foi comum ver alguns grupos fazendo churrasco em seus terrenos no limite da trilha.

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“Tu ajustou a pressão do pneu?”

Com alguns quilômetros de trilha percorridos fui parado por um amigo trilheiro e conhecido do Motorede, grande Gabriel Nogueira, que perguntou: “cara, te acompanhei em um pedaço da trilha, tu ajustou a pressão do pneu traseiro? ”. Pela minha expressão ele concluiu que era claro que não.

Após receber a dica do amigo (muito obrigado Gabriel!), desci da moto e vimos que o meu pneu estava duro como uma pedra. Por conta disso eu estava apanhando um pouco da trilha. Após reduzir bastante a pressão do pneu votamos a rodar e a diferença foi enorme.

Fica a dica: prepare sua moto antes de entrar na trilha. Mesmo que ela seja fabricada para isso existem diversos ajustes que devem ser feitos antes de encarar o percurso, como o ajuste na pressão dos pneus e a altura na regulagem dos manetes.

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Depois de algumas horas entre pilotagem e paradas nas áreas de escape do próprio percurso, cheguei ao “Neutro”, o ponto de parada para hidratação, alimentação e descanso que fica no meio da trilha. Aliás, a inscrição dá direito a café da manhã, almoço e lanche no neutro.

Por lá, no meio do mar de trilheiros e motos enlameadas, encontrei dois dos jornalistas que largaram comigo, Aldo Tizani e Celso Miranda. Nos hidratamos, comemos umas barrinhas de cereal, bananas (é claro) e seguimos para concluir a trilha.

Novamente nos deparamos com um mar de motos alinhadas ombro a ombro na estrada de chão batido afunilando no início da apertada subida da trilha. Uma subida já bem judiada pela quantidade de gente que passou por ali.

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Com certa dificuldade passamos por ali e após mais uns 20 minutos de sobe e desce, lama e caminhos entre os bananais, chegamos ao final da trilha Off-Road.

Faltou apenas retornar pelas ruas da cidade a caminho da linha de chegada (o mesmo ponto de partida). Foi uma sensação indescritível de desafio completado. A população da cidade acompanhando, dando apoio, pedindo para subir o giro das motos não tem explicação.

Porém, mais que tudo isso, estava o fato de ter feito história ao participar e concluir a trilha do maior evento de trilheiros do mundo, o Super Bananalama 2019, com mais de 5.000 participantes. Isso ficará na memória para sempre.

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Também fica o agradecimento a toda equipe do Bananalama 2019 e seus patrocinadores e apoiadores. O evento foi uma experiência única e se tornou ainda melhor graças as ações feitas pela Arsenal Eventos e as assessorias envolvidas.

Alguns números oficiais do evento:

Total de Participantes: 5.031

    • 4.609 motos
    • 332 quadriciclos
    • 90 UTVs
    • 4744 homens
    • 287 mulheres
    • Aumento de 60% no número de trilheiros em relação ao ano passado
    • 5% de mulheres, número crescente a cada ano
    • R$ 1 milhão em negócios gerados no Bananalama Expo
    • R$ 200 mil em prêmios para os participantes (10 motos CRF 250F + 1 Chevrolet Montana)

Fotos oficiais: Idário Café / Carlos Junior / Rodrigo Philipps / Arsenal Eventos

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